Urgente: Em menos de 3 meses o Governo Francês Cai Após Moção de Censura; Primeiro-Ministro Barnier Anuncia Demissão

Queda do Governo Frances

Como a Moção de Censura Derrubou o Governo Francês

O Governo Francês caiu nesta quarta-feira após a aprovação de uma moção de censura histórica, unindo forças da esquerda e da direita. Apenas três meses após assumir o cargo, o primeiro-ministro Michel Barnier e seu executivo chegam ao fim, marcando um momento crítico para a política da França.

Queda do Governo Frances
Queda do Governo Frances

A moção de censura foi apresentada pela aliança de esquerda Nova Frente Popular e obteve 331 votos dos 574 deputados do parlamento francês, conforme informado pela Reuters. Este movimento foi desencadeado pela decisão de Barnier de recorrer ao controverso artigo 49.3 da Constituição Francesa, que permite a aprovação de leis sem votação parlamentar, desde que o governo se submeta a uma moção de censura. Essa medida foi usada na segunda-feira para avançar com o projeto de lei de financiamento da segurança social, mas acabou custando caro ao governo.

Marine Le Pen, líder da direita, já reagiu à queda do governo, destacando que a pressão agora recai sobre o presidente Emmanuel Macron, que pode enfrentar apelos para a sua própria renúncia.

Com 73 anos, Barnier deixa o cargo como o primeiro-ministro mais efêmero da Quinta República Francesa, a um dia de completar exatamente três meses no poder. Ele deve apresentar a sua demissão e a do governo ao presidente Macron nas próximas horas, mergulhando a segunda maior economia da União Europeia em uma nova crise política.

Barnier, conhecido pela sua atuação como negociador do Brexit pela União Europeia, não conseguiu replicar a mesma resiliência num cenário interno profundamente dividido. Seu governo enfrentou dificuldades desde as eleições legislativas de julho, que deixaram a Assembleia Nacional dividida em três blocos irreconciliáveis. Nomeado em 5 de setembro como uma tentativa de estabilizar o país, Barnier enfrentou uma combinação de oposição feroz e desafios institucionais que culminaram na sua saída.

A queda do governo levanta novas questões sobre o futuro da política francesa e a capacidade do presidente Macron de manter a estabilidade diante de um parlamento fragmentado e de crescentes tensões sociais.

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