Enquanto a receita fiscal ultrapassa os 53 mil milhões de euros, o excedente orçamental afunda e a produtividade permanece estagnada. Descubra o que está por trás dos números!
Nos primeiros nove meses de 2024, o Estado arrecadou mais 7,1% em impostos, ultrapassando os 53 mil milhões de euros, com aumentos de 8,2% em impostos sobre rendimentos e patrimónios e 6,3% sobre produção e importação. No entanto, o excedente orçamental caiu de 3,3% para 2,8% do PIB, refletindo o crescimento das despesas acima das receitas.
Apesar do aumento na receita corrente e das contribuições para a Segurança Social (+9,7%), a despesa corrente subiu 7,7%, enquanto a produtividade permaneceu quase estagnada, crescendo apenas 0,4%. Já a remuneração média avançou expressivos 8,1%, empurrando o rendimento disponível bruto das famílias para um aumento de 2,3% no trimestre, elevando a taxa de poupança para 10,7%.
O custo unitário do trabalho acelerou para 7,7%, destacando um descompasso com a baixa produtividade, o que ameaça o equilíbrio económico. O impacto dessa balança desequilibrada começa a ser sentido, e os próximos trimestres prometem tensão financeira para o país.
