Ministra da Saúde Sob Pressão: Caso de Morte no Hospital Amadora-Sintra

Partidos exigem responsabilidades e Governo é pressionado a agir após colapso no sistema de informação clínica que revelou falhas graves no acompanhamento pré-natal.

A Ana Paula Martins, Ministra da Saúde, está sob forte pressão política depois de ter aceite a demissão do presidente da administração da ULS Unidade Local de Saúde Amadora‑Sintra (ULSASI), no seguimento da morte de uma grávida de 36 anos no Hospital Amadora-Sintra. Explica fonte da RTP.

Segundo o hospital, a utente encontrava-se em acompanhamento desde Julho na Unidade de Cuidados Personalizados (UCSP) de Agualva, mas essa informação só foi confirmada domingo devido à inexistência de um sistema de informação clínica plenamente integrado. Durante o debate parlamentar sobre o Orçamento do Estado para 2026, a ministra tinha declarado que a grávida não tinha sido acompanhada — algo que veio a revelar-se incompleto.

Nesta segunda-feira, a oposição lançou duras críticas: desde o Partido Socialista ao Iniciativa Liberal e ao Chega, todos exigem explicações e responsabilidades claras ao Luís Montenegro e à ministra. A Iniciativa Liberal sublinhou que “a ministra tem de decidir se tem a capacidade para o fazer” reformas no sector da saúde.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, na presença da ministra da Saúde, Ana Paula Martins

O Governo encontra-se, assim, num momento de elevada turbulência: não se trata apenas de apontar para demissões individuais, mas de questionar se o sistema de saúde português reúne condições para garantir segurança e qualidade de acompanhamento. Um alerta que não pode ser ignorado caso se pretenda evitar que tragédias como esta se repitam.

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *